Taxas Euribor sobem novamente nos prazos de três, seis e 12 meses, prolongando a tendência de crescimento que se mantém há cinco sessões consecutivas. Os valores confirmam a pressão sobre os créditos à habitação com taxa variável, afetando famílias e contratos em todo o país. A subida das taxas interbancárias evidencia a influência direta das decisões do Banco Central Europeu e do comportamento dos mercados financeiros na economia doméstica.

No prazo de três meses, as taxas Euribor sobem novamente 0,001 pontos, fixando-se em 2,076% face a 2,075% na sessão anterior. Apesar de ligeira, a subida mantém a taxa abaixo das referências de seis meses (2,099%) e 12 meses (2,191%), que têm impacto mais direto nos empréstimos à habitação.

A Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos com taxa variável, registou hoje um aumento de 0,010 pontos, passando para 2,099%. Esta subida evidencia como as taxas Euribor sobem novamente e como pequenas variações, acumuladas ao longo do tempo, podem alterar significativamente o valor das prestações mensais.

No caso da Euribor a 12 meses, a subida face à sessão anterior foi de 0,029 pontos, para 2,191%. Este prazo abrange mais de 30% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, segundo dados do Banco de Portugal referentes a junho. As taxas Euribor sobem novamente num contexto em que a média mensal de agosto registou 2,021% a três meses, 2,084% a seis meses e 2,114% a 12 meses, valores superiores aos de julho.

Relação direta com as decisões do BCE

A manutenção ou subida das taxas Euribor tem relação direta com as decisões do BCE. Na última reunião de política monetária, a 24 de julho, as taxas diretoras foram mantidas, depois de oito cortes consecutivos desde junho de 2024. Enquanto alguns analistas esperam estabilidade até ao final do ano, outros antecipam um possível corte de 25 pontos base na reunião de setembro, marcada para 10 e 11 de setembro em Frankfurt.

As taxas Euribor sobem novamente à medida que 19 bancos da zona euro definem as médias das taxas a que estão dispostos a emprestar dinheiro entre si. Este mecanismo influencia diretamente os créditos à habitação e os planos financeiros das famílias, especialmente aquelas com contratos indexados às Euribor a seis e 12 meses.

Para os consumidores, as subidas significam encargos acrescidos e prestações mais elevadas. A observação das taxas Euribor sobem novamente alerta para a necessidade de acompanhamento dos contratos e revisão do orçamento familiar. Pequenas variações podem ter efeitos acumulativos, especialmente em contextos de taxas variáveis e inflação controlada.

No panorama económico, as taxas Euribor sobem novamente servem como indicador da saúde financeira da zona euro e da influência das políticas monetárias no dia a dia das famílias. A monitorização contínua destes índices é fundamental para avaliar o impacto nas finanças pessoais e no mercado imobiliário.

As taxas Euribor sobem novamente, refletindo não só decisões do BCE, mas também a dinâmica do mercado interbancário europeu. Famílias com créditos à habitação devem estar atentas às revisões e preparar-se para possíveis impactos nos próximos meses. A tendência atual mostra que acompanhar de perto estas taxas é essencial para manter a estabilidade financeira e planear a gestão das despesas de forma eficiente.

FONTE : SUPERCASA