A avaliação da habitação em Portugal continua a registar aumentos expressivos, confirmando a tendência de valorização do mercado imobiliário. Em julho, o valor mediano fixou-se em 1.945 euros por metro quadrado, o que representa uma subida de 18,7% face ao mesmo mês de 2024. Também em relação a junho, verificou-se um aumento adicional, reforçando o dinamismo do setor.

Foram consideradas cerca de 33.800 avaliações bancárias, mais 3,8% do que no mês anterior. O crescimento foi generalizado em todas as regiões do país, não se registando quedas em nenhuma delas.
Grande Lisboa e Algarve lideram valores de avaliação da habitação
A avaliação da habitação apresentou diferenças significativas entre regiões, seguindo a tendência habitual. A Grande Lisboa registou o valor mais elevado com 2.990 euros por metro quadrado, seguida do Algarve, com 2.642 euros. Pelo contrário, o Alentejo apresentou a média mais baixa, com 1.419 euros/m2, embora tenha sido uma das regiões com maior crescimento em termos mensais.

Já em termos homólogos, a Península de Setúbal destacou-se com um aumento de 24,2%, demonstrando uma forte procura que pressiona os valores em áreas periféricas da capital.
Avaliação da habitação em apartamentos
No segmento dos apartamentos, a avaliação da habitação fixou-se em 2.254 euros/m2, uma subida de 24% face a julho de 2024. Em relação a junho, o incremento foi de 2,1%, com os Açores a registarem o maior crescimento mensal (3%).

Nas tipologias, o valor dos apartamentos T1 subiu 71 euros, atingindo 2.866 euros/m2, enquanto os T2 aumentaram para 2.317 euros/m2 e os T3 para 1.942 euros/m2. Estes três tipos representaram 92,8% das avaliações realizadas no mês, mostrando o peso dominante destas tipologias no mercado.
Avaliação da habitação em moradias
Também as moradias registaram subidas, com uma avaliação da habitação mediana de 1.414 euros/m2, mais 10,4% do que no mesmo mês de 2024. Lisboa (2.707 €/m2) e Algarve (2.505 €/m2) voltaram a liderar os valores, enquanto o Centro e o Alentejo se mantiveram abaixo da média nacional, com 1.053 euros/m2 e 1.149 euros/m2 respetivamente.

Nos Açores, a avaliação das moradias teve o maior crescimento homólogo, com uma subida de 17,8%. Em comparação mensal, o Alentejo foi a região que mais se destacou, com um aumento de 4,2%. Apenas a Madeira registou uma ligeira descida, de 0,2%.

Nas tipologias mais procuradas, as moradias T2 aumentaram 41 euros para 1.392 €/m2, as T3 subiram 14 euros para 1.390 €/m2 e as T4 cresceram 23 euros para 1.484 €/m2. Juntas, estas categorias representaram 88,6% das avaliações bancárias de moradias no período.
Diferenças regionais na avaliação da habitação
Olhando para as regiões NUTS III, a avaliação da habitação revelou disparidades claras:
Em contraste, regiões como Beiras e Serra da Estrela, Beira Baixa e Terras de Trás-os-Montes foram as mais afastadas da média nacional, com valores cerca de 50% inferiores à mediana.
Avaliação da habitação: impacto no mercado imobiliário
O crescimento contínuo da avaliação da habitação reflete a valorização do imobiliário em Portugal, impulsionada por fatores como a procura externa, a escassez de oferta em centros urbanos e o aumento do custo de construção. Para quem pretende comprar casa, este cenário traduz-se em preços mais elevados e maior seletividade no crédito bancário. Para os proprietários, representa uma valorização patrimonial, sobretudo em zonas metropolitanas e turísticas.

A avaliação da habitação cresce de forma consistente em todo o território nacional, com destaque para Lisboa e Algarve, mas também com fortes aumentos em regiões como Setúbal e Açores. Apesar das disparidades, a tendência é clara: o valor do metro quadrado em Portugal continua a subir, consolidando-se como um dos mercados imobiliários mais dinâmicos da Europa.

FONTE: SUPERCASA