Mercado de arrendamento continua sob pressão
O mercado de arrendamento em Portugal atravessa um período de forte pressão, com uma procura muito superior à oferta disponível. Durante o terceiro trimestre de 2025, cada casa colocada para arrendar recebeu, em média, 23 contactos antes de ser retirada das plataformas, o que demonstra o desequilíbrio persistente entre oferta e procura.

Apesar da ligeira desaceleração registada face a 2024, o interesse das famílias por soluções de arrendamento manteve-se intenso. O aumento dos preços das rendas e a dificuldade em aceder ao crédito à habitação continuam a empurrar muitos agregados para o mercado de arrendamento, sobretudo nos centros urbanos e regiões com maior dinamismo económico.

Esta realidade reflete uma procura estável, mas também uma escassez estrutural de imóveis disponíveis. O arrendamento continua a ser a principal alternativa habitacional para grande parte da população, mas a escassez de oferta impede uma descida significativa dos valores mensais.
Cidades com maior procura de casas para arrendar
Entre as localidades portuguesas com maior número de contactos por anúncio destacam-se Santarém e Ponta Delgada, ambas com forte procura por habitação. Seguem-se Portalegre, Leiria, Évora e Setúbal, onde o arrendamento continua a registar elevada competição entre famílias à procura de casa.

Também cidades como Bragança, Guarda e Coimbra mantêm um nível considerável de contactos, refletindo um interesse crescente em zonas fora dos grandes centros. Já Lisboa e Faro, embora continuem a ser mercados de arrendamento com grande pressão, registaram uma ligeira redução no número médio de contactos por imóvel, sinalizando uma oferta um pouco mais equilibrada.

Esta tendência evidencia o alargamento da procura para regiões menos saturadas e com preços mais acessíveis, onde o arrendamento ainda representa uma alternativa viável para famílias de rendimento médio. O aumento do interesse em cidades do interior e ilhas, como Guarda e Ponta Delgada, reforça a diversificação geográfica do mercado habitacional.
Oferta limitada e preços em patamares elevados
Apesar de alguns sinais de estabilização, o mercado de arrendamento em Portugal mantém-se marcado por rendas elevadas e por uma oferta insuficiente face às necessidades. O desequilíbrio entre o número de casas disponíveis e a procura de famílias continua a pressionar os valores mensais e a limitar o acesso à habitação.

Em muitas zonas do país, as casas para arrendar permanecem disponíveis apenas durante poucos dias, tal é o nível de procura. Esta situação contribui para uma rápida absorção do stock de imóveis e para uma crescente dificuldade em encontrar soluções adequadas, tanto em termos de preço como de localização.

A escassez de nova construção destinada ao arrendamento agrava o problema, sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Os especialistas defendem que o aumento da oferta e o incentivo a programas de reabilitação urbana são medidas essenciais para aliviar a pressão do mercado e garantir um arrendamento mais acessível.

Enquanto isso, o arrendamento continua a afirmar-se como a opção mais procurada por famílias portuguesas que procuram estabilidade, flexibilidade e proximidade aos centros urbanos, mesmo perante valores que permanecem acima da média europeia.

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FONTE: SUPERCASA