Novo Registo de Arrendamento e Habitação A partir de agosto, inquilinos poderão registar contratos de arrendamento no Fisco, garantindo benefícios fiscais e assegurando direitos na área da habitação. 06 mai 2025 min de leitura Com o novo mecanismo que entra em vigor a 1 de agosto, o registo dos contratos de arrendamento passa a ser também uma responsabilidade dos inquilinos, caso os senhorios não o efetuem. Esta iniciativa reforça a transparência no setor habitacional e facilita o acesso a benefícios fiscais e apoios à renda, contribuindo para um mercado de habitação mais ordenado e seguro. O Novo Registo de Contratos A medida permite que, através do Portal das Finanças, os inquilinos submetam os seus contratos de arrendamento ou subarrendamento mediante o preenchimento do formulário de Comunicação do Locatário ou Sublocatário (CLS). Este processo digital é exclusivo e tem como objetivo assegurar que todos os acordos relativos à habitação sejam formalmente registados. Para o registo ser aceite, o inquilino deve anexar o contrato de arrendamento e os documentos que comprovem os elementos essenciais da relação contratual, como a identificação do contrato e os detalhes do imóvel. Caso haja alterações ou cessação do contrato, o número de identificação previamente registado deve ser indicado. Este procedimento é essencial para garantir que os dados fornecidos sejam completos e passíveis de verificação pela Autoridade Tributária. Impactos no Setor do Arrendamento e da Habitação A formalização dos contratos de arrendamento traz benefícios significativos para a área da habitação. A regularização dos acordos permite aos inquilinos aceder a apoios extraordinários à renda e a deduções no IRS, tornando o arrendamento uma opção mais atrativa. Além disso, ao assegurar que todos os contratos estejam registados, contribui-se para a redução de práticas informais que prejudicam tanto os proprietários quanto os inquilinos. Esta medida reforça os direitos dos arrendatários, promovendo um ambiente mais equilibrado e transparente. Ao responsabilizar os inquilinos pelo registo dos seus contratos quando os senhorios falham nessa obrigação, o Governo incentiva a modernização dos processos e uma gestão digital que melhora a fiscalização e o controlo do mercado habitacional. Benefícios Fiscais e Apoios à Habitação O registo correto dos contratos de arrendamento é um elemento fundamental para que os inquilinos possam usufruir dos benefícios fiscais. Ao terem os seus acordos formalizados, os locatários podem deduzir, no IRS, as prestações pagas aos senhorios e beneficiar de programas como o apoio extraordinário à renda. Estas vantagens incentivam não só a formalização dos contratos, mas também a estabilidade do setor, contribuindo para uma habitação mais acessível e regulamentada. Adicionalmente, a comunicação eletrónica dos contratos permite uma redução de erros e omissões, facilitando a fiscalização e a atualização dos dados relativos ao mercado do arrendamento. A digitalização deste processo torna-o mais célere e menos burocrático, criando uma interface moderna e eficiente entre os cidadãos e a administração fiscal. Desafios e Perspetivas Futuras Apesar dos benefícios, a implementação do novo sistema de registo enfrenta desafios práticos. A adaptação dos inquilinos e dos senhorios ao formato digital poderá exigir um período de transição, durante o qual a divulgação de informação clara e o apoio técnico serão essenciais. A medida surge num contexto em que auditorias têm revelado elevados índices de informalidade nos contratos de arrendamento, evidenciando a necessidade de uma intervenção mais rigorosa para regularizar o setor. Com a colaboração entre órgãos governamentais e entidades de apoio à habitação, espera-se que o novo sistema contribua para a criação de um mercado mais ordenado e que fortaleça a confiança entre os intervenientes. O registo de contratos de arrendamento por parte dos inquilinos, que entra em vigor a partir de agosto, representa um avanço decisivo na modernização e transparência do setor habitacional. Ao permitir que os contratos sejam formalizados digitalmente, esta medida não só facilita o acesso a benefícios fiscais e apoios à renda, como também promove uma gestão mais eficiente e segura dos acordos de arrendamento. Este novo sistema reforça o compromisso do Governo com a melhoria do mercado da habitação, incentivando práticas regulares e a proteção dos direitos dos arrendatários. Com processos digitalizados e um controlo mais rigoroso, o setor do arrendamento tende a beneficiar de uma estabilidade maior, contribuindo para um ambiente habitacional mais justo, sustentável e adaptado às exigências da era digital. FONTE: SUPERCASA Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado